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domingo, 18 de fevereiro de 2018

MODELOS DE ENCONTROS PARA FORMAÇÃO DE CATEQUISTAS!

ENCONTRO PARA   
FORMAÇÃO DE  CATEQUISTAS
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA GLÓRIA


JAÍBA-MG 
FEVEREIRO 2018


“A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!” (2 Cor 13, 13)
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
O Catecismo é uma exposição da fé da Igreja e da Doutrina Católica, testemunhadas ou iluminadas pela Sagrada Escritura, pela tradição apostólica e pelo Magistério da Igreja. O Catecismo é, sobretudo, um instrumento válido e legítimo da comunhão eclesial e serve como uma norma segura para o ensino da fé, do qual todos os batizados são convocados a transmitir às novas gerações. 

NO CORAÇÃO DA CATEQUESE: CRISTO
426. «No coração da catequese, encontramos essencialmente uma Pessoa: Jesus de Nazaré, Filho único do Pai [...], que sofreu e morreu por nós e que agora, ressuscitado, vive connosco para sempre [...]. Catequizar [...] é revelar, na Pessoa de Cristo, todo o desígnio eterno de Deus [...]. É procurar compreender o significado dos gestos e das palavras de Cristo e dos sinais por Ele realizados» (7). O fim da catequese é «pôr em comunhão com Jesus Cristo: somente Ele pode levar ao amor do Pai, no Espírito, e fazer-nos participar na vida da Santíssima Trindade» (8).
428. Aquele que é chamado a «ensinar Cristo» deve, portanto, antes de mais nada, procurar «esse lucro sobreeminente que é o conhecimento de Jesus Cristo». Tem de «aceitar perder tudo [...] para ganhar Cristo e encontrar-se n'Ele» e «conhecê-Lo, a Ele, na força da sua ressurreição e na comunhão com os seus sofrimentos, conformar-se com Ele na morte, na esperança de chegar a ressuscitar dos mortos» (Fl 3, 8-11).
429. Deste conhecimento amoroso de Cristo brota o desejo de O anunciar, de «evangelizar» e levar os outros ao «sim» da fé em Jesus Cristo. Mas, ao mesmo tempo, faz-se sentir a necessidade de conhecer sempre melhor esta fé. Com esse objectivo, seguindo a ordem do Símbolo da fé, primeiro serão apresentados os principais títulos de Jesus: Cristo, Filho de Deus, Senhor (Artigo 2). O Símbolo confessa, em seguida, os principais mistérios da vida de Cristo: da sua Encarnação (Artigo 3), da sua Páscoa (Artigos 4 e 5) e, por fim da sua Glorificação (Artigos 6 e 7).

Q U E R I G M A !
É urgente a necessidade de evangelização não só de quem está fora, mas até mesmo dentro da Igreja.
QUERIGMA  Em resposta a proposta de Evangelização feita por João Paulo II para a Igreja no novo milênio, a nossa catequese é querigmática. O querigma (primeiro anúncio) é baseado no centro da nossa fé católica:

A evangelização se dá em dois momentos sucessivos que são complementares e interdependentes: O Querigma: Primeiro anúncio de Jesus A Catequese: Ensino progressivo da fé São 2 passos consecutivos, onde o querigma sempre deve anteceder à catequese. Se o querigma é a forte badalada do sino, a catequese é o eco da badalada. 

A catequese prolonga o anúncio querigmático. Não é fria doutrina ou meros ensinamentos teóricos, mas a extensão e a plenitude da nova vida trazida por Jesus. A vida nos é dada pela fé com que respondemos ao anúncio querigmático, mas a vida em abundância chega à sua plenitude, através da catequese vivida na fé.
         O grande erro pedagógico foi sempre o de primeiro catequizar para depois "cristianizar", ou seja, insistem-se, primeiro, em catequizar os fiéis. No entanto, esqueceu-se o princípio fundamental exigido por Jesus a Nicodemos: É necessário nascer de novo.
         
O primeiro anúncio é composto de seis temas fundamentais- não é doutrina- mas verdade de fé.
a) O amor de Deus: Deus te ama:
Deus é um Pai amoroso, que te ama pessoal e sejas bom, mas sim porque ele é bom.
b) O pecado: não te podes salvar por ti mesmo:
O pecado, que consiste em não confiar em Deus e não depender dele impede que sintas o amor divino. És pecador necessitado de Salvação, porque não és capaz de vencer Satanás nem de libertar-te do poder do pecado.
  c) Jesus, única solução: Jesus já te salvo:
Existe uma boa notícia, o centro do Querigma: Jesus já te salvou e perdoou, pagando a dívida com o preço de seu sangue. Com sua morte por ti e sua ressurreição, partilhou contigo a vida: vida de filho de Deus. Já estamos em paz com Deus e é possível a felicidade. Jesus não nos salva. Já nos salvou.
d) Fé e conversão: aceita o Dom da Salvação
Jesus ganhou, já, uma Nova Vida para você. Recebe-a, crendo e convertendo-se:
 - Converter-te é mudar tua vida pela vida de Jesus. Entregar tua vida de pecado e começar a viver a vida de filho de Deus.
e) O Dom do Espírito: a promessa é para você:
Jesus se faz presente com sua Salvação por meio de seu Espírito.
Ele está sedento de presentear-te com a água viva do Espírito de filiação, que clama: “Abba”: papai.
f) A comunidade: Jesus está no irmão:
Não basta nascer: é preciso crescer na vida nova. Para isso, é necessário manter-se unido à vida (Jesus), vivendo como parte do Corpo de Cristo, em união com todos os outros membros.
O encontro com Cristo leva, necessariamente, ao encontro do irmão, especialmente do mais necessitado.

O processo metodológico de Jesus apresenta um crescimento contínuo. Ele mostra através do amor sem medida na base da gratuidade, da doação, do serviço. Por isso, Jesus usa a pedagogia do amor. No encontro com o jovem rico diz o evangelho de Marcos: “Jesus olhou para ele com amor” (Mc 10,21). O mandamento que ele nos deixou marca esta prática: “Amem-se uns aos outros como eu amei vocês” (Jo 15,12).
Alguns exemplos de como Jesus se relacionava com as pessoas.

Documento 107 CNBB Iniciação à vida cristã- itinerário para formar discípulos missionários- um novo desafio paroquial
O Documento 107 – Iniciação à Vida Cristã – (a partir de agora mencionado pela sigla “IVC”) afirma que a resposta aos desafios da evangelização hoje, principalmente na transmissão da fé cristã, depende da renovação da consciência daqueles que atuam nas paróquias, em todas as pastorais, como participantes da ação catequética.
A necessidade desta renovação pastoral se dá por conta da mudança dos interlocutores (as pessoas que procuram os sacramentos). Mudaram os valores, os modelos, as alegrias, as esperanças, as tristezas e alegrias das pessoas de hoje (IVC 51). Nos dias atuais [1] a prática religiosa não é mais uma tradição herdada da família [2], mas é uma escolha pessoal que é motivada, principalmente, pela atração que a comunidade cristã exerce sobre as pessoas (IVC 7).
CATECUMENTATO: A inspiração catecumenal proposta pelo Magistério da Igreja é uma dinâmica, uma pedagogia, uma mística, que nos convida a entrar sempre mais no mistério do amor a Deus [5]. Esta entrada no amor divino é que marca a mística. A mística se concretiza no encontro com Deus e com o próximo. Diz o Papa Francisco: “cada vez que nos encontramos com um ser humano no amor, ficamos capazes de descobrir algo de novo sobre Deus” (EG 272 cf. IVC 56).
Para que este encontro aconteça e que também seja superado o esquema formal de fases separadas da catequese, é necessário reatar a parceria e união entre liturgia e catequese. É preciso redescobrir a liturgia como lugar privilegiado de encontro com Jesus Cristo (IVC 74).
O clima mistagógico é um ambiente progressivo de introdução no mistério pascal de Cristo, vivido na experiência comunitária, quer sejam nas ações litúrgicas, bem como nas ações pastorais da comunidade. Daí a necessidade de que toda a comunidade cristã assuma a postura catecumenal. E ainda é necessária a profunda integração das celebrações litúrgicas e o aprofundamento dos sacramentos da iniciação à Vida Cristã (IVC 60).
VIVÊNCIA DOS SACRAMENTOS:
O Batismo é a primeira entrada para a participação no mistério do Senhor e iniciação de um processo de identificação com Cristo. O Batizado é chamado de neófito (planta nova) [6], renascido em Cristo, nova criatura (IVC 98). A Crisma complementa a configuração do batizado com Cristo e encaminha-o para a participação na Eucaristia (IVC 130). Pela Crisma somos confirmados com o selo do Espírito Santo para celebrar o Pentecostes (IVC 131).
Estamos afirmando repetitivamente a importância entre o processo catequético e a liturgia. A liturgia é fonte inesgotável de formação do discípulo missionário. As celebrações, pela riqueza de suas palavras e ações, mensagens e sinais, podem ser consideradas como catequese em ato. Não somente os catecúmenos, mas todos os membros da comunidade precisam ser constantemente formados para a vida litúrgica. A Liturgia, com a riqueza do Ano Litúrgico, é ocasião privilegiada de formação continuada (IVC 182).

PONTOS IMPORTANTES DO DOCUMENTO 107 (IVC)
(n. 63) – Deixando-nos guiar pela dinâmica deste encontro de Jesus [com a Samaritana], queremos apresentar alguns elementos que a Igreja usou e que, hoje, inspiram nossa ação evangelizadora, a fim de nos tornarmos sempre mais uma Igreja casa da Iniciação à Vida Cristã.
(n. 66) – Os processos de Iniciação se fundamentam na Sagrada Escritura e na Liturgia, educam para a escuta da Palavra e a oração pessoal, mediante a leitura orante, evidenciando uma estreita relação entre Bíblia, catequese e liturgia.
. (n. 69)  – A Iniciação à Vida Cristã é uma urgência que precisa ser assumida com decisão, coragem e criatividade. Ela renova a vida comunitária e desperta seu caráter missionário. Isso requer novas atitudes evangelizadoras e pastorais 
(n. 71) – A família, como primeira e principal responsável da educação e formação dos seus filhos, assumia a formação inicial na fé, com as primeiras noções e orações da fé cristã e a vivência dos valores cristãos. A sociedade cristã e as grandes celebrações da Igreja ajudavam a manter um clima de tradição cristã.
(n. 75) – Há necessidade de envolver a comunidade inteira no processo da Iniciação à Vida Cristã e na formação continuada dos fiéis.
(n. 80, 81, 82) – O mergulho no mistério de Deus, que orienta todo o processo iniciático, possui caráter fortemente simbólico… Através do simbólico, pessoas se sentem comprometidas com o mistério profundo das coisas, das pessoas e do próprio Deus… Por sua natureza simbólica, o rito mexe com os sentimentos, envolve na comunidade e se repete fortalecendo o que já foi assumido… Símbolos e ritos realizam o enco
ntro com Deus, ajudam a perceber a presença do mistério divino em todas as coisas.
(n 91) – A Iniciação à Vida Cristã é graça benevolente e transformadora, que nos precede e nos cumula com os dons divinos do Pai, em Cristo, pelo Espírito. Ela se desenvolve dentro do dinamismo trinitário: os três sacramentos da Iniciação, numa unidade indissolúvel, expressam a unidade da obra trinitária na iniciação cristã: no Batismo assumimos a condição de filhos do Pai, a Crisma nos unge com unção do Espírito e a Eucaristia nos alimenta com o próprio Cristo, o Filho.
(n. 112) – A ação do Espírito Santo faz, por meio da Iniciação à Vida Cristã, com que a Igreja se torne Mãe, geradora de filhos e filhas que à medida que vão sendo inseridos no mistério de Cristo, tornam-se, ao mesmo tempo, crentes, profetas, servidores e testemunhas.
(n. 113) – Mãe por excelência e sumamente amada pelo povo brasileiro, Maria é aquela que lança luz definitiva sobre o processo de Iniciação à Vida Cristã que propomos, pois, “durante muitos anos, permaneceu na intimidade com o mistério do seu Filho, e avançou no seu itinerário de fé”.

 C.17 CATECUMENATO
C.17.1 Adultos e Catecumenato
§1247 Desde as origens da Igreja, o Batismo dos adultos é a situação mais normal nas terras onde o anúncio do Evangelho é ainda recente. O catecumenato (preparação para o Batismo) ocupa então um lugar importante. Sendo iniciação à fé e à vida cristã, deve dispor para o acolhimento do dom de Deus no Batismo, na Confirmação e na Eucaristia.
C.17.2 Formas de Catecumenato
§1230 Esta iniciação tem variado muito ao longo dos séculos e de acordo com as circunstâncias. Nos primeiros séculos da Igreja a iniciação cristã conheceu um grande desenvolvimento com um longo período de catecumenato e uma seqüência de ritos preparatórios que balizavam liturgicamente a caminhada da preparação catecumenal e que desembocavam na celebração dos sacramentos da iniciação cristã.

Neófito é o principiante, alguém que começou recentemente em algo ou está em algum lugar pela primeira vez. Em sua etimologia, a palavra neófito surge da junção dos termos gregos neo, que significa novo, e phytos, que é planta. ...Neófito na Bíblia refere-se àquele que foi convertido aos cristianismo a menos de três anos.

AS DIMENSÕES DA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ
DIMENSÃO PESSOAL: A iniciação à Vida Cristã é a participação humana no diálogo da salvação, que gera vida nova atrelada à realidade divina. Essa vida nova, essa participação na natureza divina, constitui o núcleo e coração da Iniciação à Vida Cristã.
DIMENSÃO COMUNITÁRIA: Para que o processo catecumenal seja eficaz é necessária à participação de toda a comunidade, pois é ela o rosto da Igreja a ser visto pelos catecúmenos.

DIMENSÃO MISSIONÁRIA: Não existe Iniciação à Vida Cristã sem abertura Missionária. O ponto de partida desta conversão missionária é sair, aproximar-se das pessoas e acolhê-las nas situações em que se encontram. A dinâmica da acolhida, portanto, dá a tônica a este primeiro tempo: o anúncio do querigma [7] (IVC 157). Ao anunciar a “Boa Nova”, a Igreja se torna querigmática e missionária e se torna peregrina, desinstalada, samaritana, misericordiosa, enfim, uma Igreja missionária

“Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós… Por isso é que lhe peço que a vossa caridade cresça cada vez mais em ciência e inteligência, para que o discernimento das coisas úteis vos torne puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo” (Flp 1, 3.9-

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