FORMAÇÃO DO CATEQUISTA!
A formação dos catequistas exige um método e não se faz somente com um curso de menor ou maior duração.
Ter um método na catequese significa ter um caminho a ser percorrido em vista de determinada meta ou objetivo.
O objetivo da catequese é levar catequistas e catequizandos, a partir da fé, a fazerem experiência de comunhão, de amor, e à medida que isso vai acontecendo ao longo do processo de catequese, vai-se experimentando Deus mesmo. Conhecer Deus é o mesmo que amar. “Todo aquele que ama chega ao conhecimento de Deus” (1 Jo 4,7).
Fonte: Catequese Hoje
TEMA: VIVÊNCIA DO CATEQUISTA!
É nosso anseio, que este encontro semanal se culmine de forma positiva, através da oração e que a vivência do grupo seja uma formação sólida, baseada nos princípios da igreja.
Quando se fala em formação,
é essencial elencar as experiências do catequista na sua convivência sócio
religiosa ativa, em sua comunidade de fé!
“A catequese não pode se limitar a uma formação meramente
doutrinal, mas precisa ser uma verdadeira escola de formação integral.
Portanto, é necessário cultivar amizade com Cristo na oração, o apreço pela
celebração litúrgica, a experiência comunitária, o compromisso apostólico
mediante um permanente serviço aos demais” (Doc. de Aparecida, n.299).
Em linhas
gerias, o catequista tem que ser um verdadeiro cristão, que se alimenta
incessantemente da oração, e conduz o outro a viver essa experiência com
alegria! A palavra tem que ser uma chama
acesa, que aquece a si e ao irmão, haja vista, é o catequista um instrumento
vivo, mediador do evangelho e deve dar seu testemunho de vida santificada,
pautada pela interação positiva na comunidade!
O
catequista deve ser o anunciador do QUERIGMA, ou seja, levar JESUS ao outro com
amor, paciência e muita perseverança. Deve, pois, ele ser íntimo do nosso Senhor
Jesus Cristo, criar forte vínculo e viver a liturgia celebrativa em sua
comunidade e mostrar comprometimento com a evangelização.
Não há como
dissociar catequista e comunidade, pois daí nasce a formação do catequista,
enquanto formador espiritual, mensageiro da palavra, e cultuador da fé cristã
O Papa João Paulo II disse: "A catequese é uma educação da fé das
crianças, dos jovens e dos adultos, a qual compreende especialmente um ensino
da doutrina cristã, dado em geral de maneira orgânica e sistemática, com fim de
os iniciar na plenitude da vida cristã" (CT).
Conforme nos diz o papa São
João Paulo II, a catequese de Iniciação à Vida Cristã deve ser coerente, bem
direcionada, organizada por etapas, abrangente a todos os aspectos da vida de
quem recebe essa formação, pois é ela a apresentação e o aprofundamento do
QUERIGMA!
Por Luiza Mastrocollo
TEMA: O MINISTERIO DO CATEQUISTA!
“Pois, como em um só corpo temos muitos membros e cada um dos nossos membros tem diferente função, assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um do outro”. (Rm 12, 4-5).
Em nossa Igreja Católica, Apostólica e Romana, temos como missão, evangelizar, por meio da palavra viva, propagar os ensinamentos de Jesus Cristo, a partir do evangelho, em uma dimensão significativa, capaz de alcançar a todos, em todos os tempos, de todas as maneiras, sem exclusão, com zelo, atenção e acolhimento aos menos favorecidos.
É preciso que tenhamos disposição, aceitar os desafios e com eles crescer, pois estamos sujeitos aos obstáculos que nos tentam na caminhada.
Nós, catequistas, somos leigos e leigas, que se predispõem em servir a DEUS no irmão nos GRUPOS, PASTORAIS, MOVIMENTOS E MINISTÉRIOS, sob a orientação dos nossos padres, que se doam com entusiasmo ao serviço missionário.
Somos chamados a contemplar o corpo de CRISTO pela fé, e a usar os nossos dons em prol do outro. Devemos viver o sacrifício vivo na presença de DEUS, ir contra as mazelas mundanas, pois somos todos diferentes, mas iguais em CRISTO, e NELE formamos um só corpo, um só espírito e podemos servi –LO de muitas formas.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE PASTORAL, MOVIMENTO E MINISTÉRIO?
QUAL A IMPORTÂNCIA DE CADA UM?
SERÁ QUE SOMOS MINISTÉRIO?
E QUAIS NÓS TEMOS AQUI EM NOSSA PARÓQUIA?
Por Luiza Mastrocollo
TEMA: CATEQUESE NÃO É AULA!
Na
atual conjuntura, o catequista precisa formar – se e informar - se, para ter
embasamento na preparação dos encontros de catequese. Isso, palavra chave,
PREPARAR, pois nem sempre, é possível se
obter resultado positivo, de algo que não foi previamente planejado!
No
entanto, quando se fala em planejar, é imprescindível dissociar catequese de
aula, catequista de professor. Embora, estes termos ainda estão em uso, é
preciso que se busque inovar, justamente para que não se cometa esta
inadequação!
Professor
ensina conteúdo – catequista leva Jesus para seus catequizandos e a todos que
possam alcançá – LO!
Aluno
vai para a escola, em busca de ensinamentos para sua formação como cidadão,
enquanto o catequizando busca Jesus, deve – se envolver pelo Espírito Santo e
conhecer o projeto de Deus para seus filhos.
O
catequista trabalha com a alma do catequizando, transforma o coração deste,
para que o Espírito Santo faça morada nele. Deve zelar para que a luz recebida
no Batismo se mantenha acesa, e dê prosseguimento da educação na fé, iniciada
pelos pais e apresentar aos catequizandos, JESUS, iluminado à luz da palavra.
O
professor trabalha com base na pedagogia elaborada pelo sistema, ao passo que o
catequista deve inspirar – se na PEDAGOGIA
DE JESUS.
Por Luiza Mastrocollo
A FAMÍLIA E A CATEQUESE!
O Catecismo da Igreja diz: “O papel dos pais na educação é tão importante, que é quase impossível substituí-los” (n. 2221); “É fundamental que a pastoral da Catequese mantenha uma relação harmoniosa entre os pais e a pastoral, de modo que esta promova momentos de convivência positiva, que se conheçam, para melhor interagir.
Para tanto, é necessário que a pastoral crie momentos atrativos, para conseguir trazer até os encontros de catequese, “aqueles pais que são sempre ausentes”. É a partir desse contato que se mantém o catequizando frequente, e direciona a família os compromissos pertinentes à formação espiritual dos filhos.
O catequista deverá lembrar, que sua responsabilidade começa depois que os pais iniciam a vida cristã dos filhos em casa. Entretanto, não se pode deixar ninguém às margens, devemos acolher com carinho as crianças, adolescentes e até mesmo os adultos, que muitas vezes a família não cuidou dessa etapa da vida dos filhos.
Promova situações como: reuniões, encontros festivos para dia das mães, dos pais, semana da família, confraternização de natal, apresentações pelos catequizandos de teatro, músicas, danças, jograis, um filme para assistirem juntos, a pastoral e os pais. Prepare estes e outros eventos com antecedência e convide a família para participar, é uma oportunidade de estreitarem os laços e manter os catequizandos na pastoral. E nestes encontros, aproveite para realizar momentos da palavra, orações tocantes, situações propicias para terem os pais como os maiores aliados! É claro, depois que tudo isso passar e a nossa vida voltar ao normal.”
Por: Luiza Mastrocollo
A ESPIRITUALIDADE DO CATEQUISTA
O cultivo da Espiritualidade do Catequista
O cuidado com a Espiritualidade do Catequista se faz prioridade. É a Espiritualidade que mantém acesa a chama do Amor-Encontro com Deus e da Missão do Catequista. Sem espiritualidade o cansaço, o desânimo, o ativismo, tomam conta.
O que é Espiritualidade?
Será importante explicitar aqui, brevemente, o que é a Espiritualidade. A Espiritualidade é o oxigênio do coração. É viver segundo o Espírito. É uma maneira determinada de viver a globalidade da vida, com seus afazeres, dificuldades, objetivos e desafios, orientando-a pela luz da nossa fé cristã. Espiritualidade é nossa dimensão divina em tudo o que é humano.
Numa bela definição, Pe. Adroaldo Palaoro sj, nos diz: “É a espiritualidade que reacende desejos e sonhos, que desperta energias em direção ao algo “mais”; é a espiritualidade que faz descobrir, escondida no cotidiano, a presença amorosa do Deus Pai-Mãe que nos envolve; é a espiritualidade que projeta a vida a cada instante, abre espaço à ação do Espírito, nos faz ser criativos e ousados em tudo o que fazemos e dá sentido e inspiração a cada ação humana, por mais simples que seja; é a espiritualidade que nos desperta e nos faz descobrir que nossa vida cotidiana guarda segredos, novidades, surpresas... que podem dar novo sentido e brilho à vida.
É um modo de “ler” e interpretar a mensagem que cada experiência de vida pode nos comunicar. Essa dimensão espiritual se revela pela capacidade de diálogo consigo mesmo e com o próprio coração, se traduz pelo amor, pela sensibilidade, pela compaixão, pela escuta do outro, pela responsabilidade e pelo cuidado como atitude fundamental”.
Espiritualidade consiste primariamente não na recitação piedosa e humilde de determinados exercícios devocionais religiosos..., mas num modo de se posicionar na vida e ver todas as coisas. Olhar o mundo com os olhos do coração, ver o sagrado mistério da realidade... Então, espiritualidade não é momentos de oração, é a definição mais capenga. Nem se reduz a sacramento, retiro, silêncio...
olhares.com
Espiritualidade é o cultivo das coisas do Espírito. A palavra espiritualidade vem de espírito. Na Bíblia,
“Espírito” quer dizer vida, movimento, força, presença, sopro, ardor. Espírito é a força que leva a agir. Espiritualidade é uma força que nos anima, inspira. Ela vem de dentro de nós e nos impulsiona para a ação. Na vida do Cristão, esta força é o Espírito Santo. Ele acende em nós o fogo do amor: amor a Deus, amor aos irmãos, amor a Catequese. E o amor nos faz atuar, agir.
Quem experimenta o encontro com Deus-Amor deseja estar com Ele. A oração é a conversa mais particular e íntima com Deus, que realimenta e fornece combustível para a dinâmica do encontro permanente com Ele e da leitura da sua presença na vida. Pondo diante de Deus o que somos e vivemos, ele nos ajuda a ver mais claramente, a identificar seu apelo nos chamados sinais dos tempos, que estão aí na nossa história pessoal e na sociedade. A oração mais do que palavras é estar com Deus. Como diz Santa Tereza é “querer estar a sós com aquele que sabemos que nos ama”.
Sem espiritualidade a catequese perde o rumo.
Um trecho do artigo de Lucimara Trevizan
Comissão Regional Bíblico-Catequética do Leste 2
O ENCONTRO DE CATEQUESE!
Um catequista cheio do Espírito Santo, que tem por hábito saudável a ORAÇÃO, relaciona – se bem com a família do seu catequizando, participa ativamente da sua comunidade com exemplos no seu servir a Deus, e da seu testemunho de fé, de amor a Jesus, está preparado para evangelizar com êxito, exercer com sabedoria e amor a sua vocação. Praticar o querigma com eficácia!
Estes são critérios indispensáveis para que o encontro de catequese tenha um efeito positivo na vida do catequizando! No entanto, é necessário dedicação ao preparar cada encontro!
Eis alguns aspectos fundamentais para nortear um encontro de catequese eficaz, que produzirá bons frutos.
A SELEÇÃO E SEQUÊNCIA DO TEMA: É necessário se preocupar com o tema a ser celebrado, levar em conta, que se deve obedecer a uma seleção dos temas, numa sequência lógica, para que o catequizando possa melhor compreender os ensinamentos de CRISTO, como conhecer a sua pessoa.
Lembre – se, que o tema tem que focar a pessoa de Jesus, e acima de tudo: ANUNCIAR JESUS, VIVER O QUERIGMA!
Os temas também devem ser selecionados de acordo à etapa em que o catequizando se encontra.
OBJETIVOS DO ENCONTRO: Tudo o que fazemos em nossa vida tem uma meta. E na preparação dos encontros de catequese não é diferente, é preciso antes de tudo, focar nos objetivos a serem alcançados, a partir do tema, que será o foco do encontro.
Lembrando que quem deve alcançar esses objetivos, na verdade é o catequizando! É preciso socializar as partes do encontro com o tema central, é da parte do catequista estabelecer essas relações...
*Caso os objetivos almejados não ocorram, é necessário que no encontro seguinte, o tema seja revisado de uma forma bem dinâmica.
AMBIENTE: É importante o ambiente para a celebração do encontro, estar sempre limpo, alegre, e sempre que possível, ornamentar com objetos simbólicos, que caracterizem o tema do encontro. Isto é liturgia!
Não dispensemos jamais a BÍBLIA, velas, flores, cartazes, crucifixo, toalhas, imagens, etc!
Esta é uma forma de celebrarmos a catequese proposta no documento 107: ITINERÁRIO À INICIAÇÃO CRISTÃ, isso é METODOLOGIA!.
ACOLHIDA: É sempre bom sermos recebidos com carinho, atenção, e na pastoral da catequese essa experiência traz satisfação ao catequizando, que sempre irá querer voltar. Acolha - os com alegria nos gestos, brilho nos olhos, e, se possível abrace as crianças. E quem não gosta de ser bem recebido? ADOTE ESTE MÉTODO EM SEU ENCONTRO DE CATEQUESE!
QUERIGMA
O QUE É QUERIGMA?
VOCÊ CONHECE ESTA PALAVRA?
ELA – LHE E FAMILIAR?
COMO VIVÊ – LA INTENSAMENTE?
O PRIMEIRO ANÚNCIO DA SALVAÇÃO: O
QUERIGMA
A saber, o centro da
catequese é JESUS CRISTO!
É JESUS que devemos levar
aos nossos catequizandos.
Dar – se a conhecê –Lo por
todos em todo tempo e lugar. Jesus deve ser anunciado com amor, testemunho de
fé, significar a esperança, então isso é viver o QUERIGMA!
Anunciar, levar, apresentar
Jesus, esta é a principal função da catequese, o servir primordial do catequista,
não há como dissociar o QUERIGMA da missão vocacional do catequista! “Não podemos calar o que vimos e ouvimos, o
que as nossas mãos tocaram da Palavra de Vida.” (1 Jo 1,1)
Jesus é o centro da nossa
vocação, deve – se ter cuidado com a catequese doutrinal, apenas sacramental, a
que ensina apenas a PALAVRA, sem experimentá – la numa vivência sólida, frutífera.
É preciso dar vida à palavra, para que tenhamos um encontro com Cristo, assim como o teve Paulo em Damasco, como os apóstolos tiveram, conforme é relatado em João: “Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor..Disse-lhes outra vez: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos”." 20, 19 - 23) Desta forma, também o catequista é enviado a evangelizar, a sentir, disseminar e contagiar o outro através da palavra que transforma.
O QUERIGMA
se refere ao primeiro anúncio da fé, que os apóstolos dirigiam aos judeus e
pagãos, com a finalidade de eles se converterem à novidade do Evangelho de
Cristo.
Eu vos
transmiti, antes de tudo, o que eu mesmo tinha recebido: Cristo morreu pelos
nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ao terceiro dia foi
ressuscitado, e apareceu a Cefas e depois aos Doze” (1Cor 15,3-5).
Segundo o
Papa Francisco: “O QUERÍGMA é o fogo do Espírito que se dá sob a forma de
Línguas e nos faz crer em Jesus Cristo, que, com sua morte e ressurreição, nos
revela e comunica a misericórdia infinita do Pai.” (EG 164).
Por isso, apresentemos um
Jesus amor, ressuscitado.
E COMO FAZER ISSO?
Primeiro é preciso ser
tocado pelo Espírito Santo com ardor, pois é por meio da presença do Espírito Santo,
que conhecemos o caminho para levar Jesus, é desta forma que O sentimos.
“Deus
quer a salvação de todos pelo conhecimento da verdade. A salvação está na
verdade. Os que obedecem à moção do Espírito de verdade já estão no caminho da
salvação; mas a Igreja, a quem esta verdade foi confiada, deve ir ao encontro
de seu anseio, levando-lhe a mesma verdade. Ela tem de ser missionária porque
crê no projeto -universal de salvação” (Catecismo da Igreja Católica, nº 851).
É preciso ter o compromisso de
ser uma igreja que apresenta o Projeto do
PAI que CRIA, pois nele está a
nossa SALVAÇÃO, que é o FILHO através do ESPÍRITO SANTO, que SANTIFICA...
Amém...
POR LUIZA MASTROCOLLO
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