ESTAS HISTORIS SÃO DA AUTORIA DA AUTORA DO BLOG: LUIZA MASTROCOLLO
HISTORIAS VARIADAS
TRAQUINAGENS
Dois coraçõezinhos andavam tristes.
Encontraram – se na esquina de uma avenida muito movimentada a olhar com
tristeza as pessoas que andavam apressadas e nem prestavam atenção neles.
Como
as pessoas podiam ser tão insensatas e não cuidarem dos seus corações, levarem
uma vida tão corrida, sem cuidados com a saúde?
Mas a preocupação maior era mesmo com os
pequenos corações de Pedro e Tiago, dois meninos que não se comportavam bem.
Era sempre a mesma coisa:
Quebraram a vidraça da igreja, quem foi?
Roubaram as mangas maduras no quintal da dona
Otília, quem foi?
Derrubaram as flores do jardim da praça, quem
foi?
Furaram a bola do time dos meninos do bairro,
quem foi?
E seguia a lista de traquinagens. Mas uma
coisa era certa: todos sabiam as respostas para todas as malinesas: foi o Tiago
e o Pedro, como sempre!
Quanta maldade! Por que fazer tanta
traquinagem?
O que esses dois meninos tem no coração?
Diziam as pessoas do bairro.
Deus não há de ficar feliz com a atitude
deles, dizia um, é por que não vão para a igreja, falava outro.
E assim iam tecendo sobre os dois coraçõezinhos.
Até que um dia...
Ah, conte você o que houve
para mudar a atitude desses meninos...
AUTORA: Luiza Mastrocollo
ONDE ESTÁ JESUS?
As crianças da rua se reuniam todas as noites
para brincarem e se divertiam muito, pois as brincadeiras eram alegres e
motivadoras. Era um pega pega pra lá e pra cá e todos corriam felizes de um
lado para o outro.
Porta bandeira, salve, salve, e entre risos e
pulos, davam boas gargalhadas. Mas o que gostavam mesmo era a brincadeira de
passar Jesus de mão em mão. Faziam a verdadeira festa, suspiravam: será com quem
Jesus está? Eu quero receber Ele em minhas mãos e em meu coração.
E continuavam a brincar de adivinhar com quem
estava Jesus.
Até que um dia, Juquinha, o menino mais
tímido da turma de brincadeiras, gritou para todos: eu sei onde está JESUS!
Todas as crianças olharam para ele espantadas.
E Juquinha disse: Jesus está aqui, em meu
coração! Eu o encontrei na brincadeira e vocês não vão tomá – Lo de mim, mas
posso dividir com todos.
E as crianças ficaram ainda mais espantadas.
Mas Juquinha foi falando: agora fechem seus olhos e ponha a mão em seu coração,
Jesus vai entrar nele e vocês não deixem sair mais.
E assim as crianças fizeram e se alegraram,
pois encontraram Jesus e nunca mais perderam NO.
AUTORA: Luiza Mastrocollo
A ESPERANÇA E A BORBOLETA
Certa vez, estava a voar tristemente pela
floresta, uma linda borboleta toda colorida.
Era realmente muito bonita, suas cores se misturavam com as cores da floresta e formava uma combinação perfeita. Quem via a borboleta ficava encantado por sua beleza.
No entanto, para ela de nada adiantava, pois sentia - se muito triste, não tinha amigos com quem pudesse voar, quando as outras borboletas a viam, fugiam dela, não a aceitavam por perto e isso a deixava extremamente infeliz.
O tempo passava e ela ficava cada vez mais
sozinha. Até que num dia como outro qualquer, aquela bela borboleta pressentiu
que alguém a observava, mas quem? Ela não tinha amigos. Permaneceu quieta em
seu canto, com o mesmo ar de tristeza.
E mais que de repente, pula à sua frente um
inseto verde que a borboleta não conhecia, ela se assustou, porém o inseto a
acalmou:
- Não tenha medo, não farei nenhum mal a
você, apenas vejo a alguns dias que você é muito solitária. Não tem amigos, e
as outras borboletas, por que não estás a voar com elas?
- Elas não me acolhem em seu grupo, não me
dão atenção.
- Ora, ora, mas o que é isso?! Elas não podem
fazer assim com você! São todas da sua família, a das borboletas, devem acolhê
– la sim!
- Mas deixe estar, venha comigo, vai fazer
parte da família da esperança, não deixamos ninguém desistir nunca! Vamos
acolher você com carinho, você terá amigos e amor.
- Elas
agem assim porque te invejam, você é muito bonita. Venha voar conosco e serás
feliz.
E assim se sucedeu: a partir de então a vida da borboleta mudou. Ela passou a conviver com as esperanças cheia de contentamento...
AUTORA: Luiza Mastrocollo
O CONTADOR DE HISTÓRIAS
Esta pode parecer uma história boba, mas não é! Ela é emocionante
demais, para ser uma apenas uma simples história.
Havia em um tempo muito distante, em um lugar também distante, uma
menina muito solitária, vivia sempre triste, sem amigos. Não podia brincar com
as outras crianças.
Ela não enxergava. Perdeu a
visão em um acidente, quando tinha dois anos. Viu a luz do sol por tão pouco
tempo...
Nada alegrava aquela menina, que crescia sem conhecer as
maravilhas que Deus deixou para Seus filhos, até que um dia, essa realidade
mudou, quando ela ouve uma voz:
- Olá menina, por que tanta tristeza? Ora, por que você não sorri
nunca, não brinca?
Ela respondeu tristemente.
- Ora digo eu, não vês que não enxergo, sou cega?
- Quantos anos você tem? Perguntou o homem.
- Hoje tenho nove anos, mas como você me conhece?
- Eu moro aqui perto nas vizinhanças. Passo por aqui sempre e a
vejo no mesmo lugar, na mesma posição.
- Não conheço nada, não tenho como me movimentar. Não tenho
alegria.
- Queria saber como é o mundo. Não precisava conhecê - lo.
- Chega de tanto não. Então você quer saber
como é o mundo? Vou – lhe contar.
- Deus fez uma obra maravilhosa. Fez uma
natureza exuberante.
E o homem contou muitas histórias.
E veio outro dia, e mais outro e contou uma e
outra história.
E contava e encantava a menina. Cada dia uma
história mais bonita sobre tudo que existe de mais belo. E falava do amor de
Deus por Sua criação, das flores, das estrelas e o homem enfeitava a sua
contação a cada história.
E então a menina passou a conhecer o mundo de Deus e vê - lo com os olhos do coração. Já não era mais triste. E também ganhou um amigo.
AUTORA: Luiza Mastrocollo
DEUS ATENDE NOSSAS SÚPLICAS...
Uma família morava no
interior do Pará, eram pobres, muito pobres. Pai, mãe e sete filhos, o mais
velho contava com quatorze anos.
Moravam em um pequeno
barracão, sem nenhuma estrutura física, sem energia, colchões velhos estendidos
no assoalho, vestiam e calçavam o que ganhavam das pessoas que se compadeciam
deles.
Era uma vida muito sofrida,
se alimentavam ou mal comiam o que era dividido entre todos. O pai trabalhava
quando encontrava serviço, ora em um canto ora noutro.
A mãe também fazia uns bicos aqui, outro ali, para somar nas despesas.
Os filhos iam a escola,
isso quando dava.
Sempre foram religiosos, mas
não iam à igreja. A família rezava todos os dias em frente ao altar humilde, da
santa Nossa Senhora de Nazaré, a imagem já bem gasta pelo tempo. A mãe ganhara
de presente de uma tia, assim que se casou. Acendiam os tocos de velas e na
maioria das vezes se ajoelhavam para agradecerem a Deus pelo dom da vida, pela
união da família e pelo pouco pão de cada dia.
E se não bastasse, o pai
caíra doente. Os problemas aumentaram. A mãe sozinha saía à procura de recursos
para suster a família. A saúde do pai só piorava, estava cada dia mais
fragilizado.
Foi então, que em uma noite
de muito calor, quando Maria Tereza acordou, com o breve toque da brisa em seu
rosto, como se chamando – a para acordar e insistia para que se levantasse.
Ela havia dormido com muito
pesar, ao pensar em sua família naquela situação. Foi um sono agitado, como se
alguém a chamasse para algum lugar.
O céu mudara completamente,
relâmpagos, trovões, rajadas fortes de vento. E Maria Tereza foi conduzida para
em frente ao altar, num canto pobre da sala. E sem pensar, ela começa a falar
com Deus:
- “Ó virgem santa, acolhe
este meu pedido e o leve para o Pai, interceda por mim, para que Deus olhe pela
minha família, se houver uma Santa Tereza, que ela também interceda por
mim. Ouça – me ó Deus, repare no
sofrimento da minha família, cura o meu pai, para que ele possa cuidar de nós .
Não tenho muito a oferecer – Te a não ser o meu amor, a minha oração. Dai – nos
o pouco para a nossa sobrevivência”.
E seus olhos se enchiam de
lágrimas tristes, verdadeiras e deixou – se cair ao chão e derramou verdadeiras
lágrimas. E pedia mais e mais, com fervor.
De repente o choro é cortado
por um toque suave em sua cabeça, como se a aconchegasse, um abraço carinhoso a
envolvia e uma voz macia se fazia ouvir: “Filha querida, descanse, não sofra
mais” e ela dormiu ali mesmo, vendo o último clarão que envolveu a humilde sala
- quarto, entretanto ninguém vira nem ouvira nada.
E um novo dia surgiu na vida daquela família
que acordou leve, sem entender o que havia acontecido na noite anterior.
Mas algo inusitado surge,
seu pai aparece na porta do barracão como se nunca tivesse adoecido, com uma
aparência boa, animado. Ficaram todos sem entender. E mais inesperado ainda foi
o que aconteceu depois.
Um carro branco, desses
quase que nunca se viu, com um brilho imenso, para em frente ao barraco e dele
desce um homem elegante, de fisionomia agradável, uma voz que assustou Maria
Tereza, parecia já ter ouvido antes. Ficou sem entender, era tudo muito
confuso. Não se lembrava de nada. O homem estranho viera chamar o pai e toda a
sua família para juntos irem trabalhar em uma fazenda e lá morarem e receberem
todos os benefícios a que tivessem direito.
E uma luz brilhou acima da
cabeça daquele homem, porém somente a menina viu. Aí então ela entendeu: Deus
recebera suas súplicas e atendera de prontidão.
O pai aceitou a proposta e em poucos dias, toda a família se mudou para a fazenda e tudo foi novo para eles, um mundo diferente, muito melhor do que eles viviam.
AUTORA: Luiza Mastrocollo