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quinta-feira, 5 de abril de 2018

ENCONTRO PRA EUCARISTIA. TEMA: RESSURREIÇÃO DE CRISTO


TEMA: A RESSURREIÇÃO TRAZ  ALEGRIA PARA NOSSA VIDA!

OBJETIVOSPerceber a grandeza do amor de Deus no gesto de JESUS em Sua entrega total por nós;
Inspirar  - se na atitude de amor e doação de Cristo.

AMBIENTAR: Prepare um ambiente com altar, coloque toalhas brancas, velas, dê preferência às flores naturais, não dispense a cruz coloque primeiro coberta e depois demonstre Jesus ressuscitado e use - a também no MOTIVAR!


ACOLHER: É tempo de nos alegrarmos, por isso acolha – os em Cristo com estrema alegria


ANIMAR: O Senhor ressurgiu aleluia, aleluia! É o Cordeiro Pascal, aleluia, aleluia! Imolado por nós, aleluia, aleluia! É o Cristo, o Senhor, ele vive e venceu aleluia


CELEBRAR A FÉ E A VIDA: Oração a Jesus ressuscitado
Jesus ressuscitado, que destes a paz aos apóstolos, reunidos em oração, dizendo-lhes: “A paz esteja convosco”, concedei-nos o dom da paz.  Defendei-nos do mal e de todas as formas de violência que agitam a nossa sociedade, para que tenhamos uma vida digna, humana e fraterna.

Ó Jesus, que morrestes e ressuscitastes por amor, afastai de nossas famílias e da sociedade todas as formas de desesperança e desânimo, para que vivamos como pessoas ressuscitadas e sejamos portadores de vossa paz.  Amém!


MOTIVAR: ACERTE O ALVO:

Decore uma grande cesta com o tema da páscoa , pegue uma pequena bola e divida sua turma em equipes. A equipe que acertar mais vezes a bola dentro da cesta vence o jogo.

PULO DE COELHO:
Faça uma marca com giz no chão, separe a turma em equipes. Essa brincadeira vai exigir muita desenvoltura dos participantes. Depois do sinal soado, todos irão ter que saltar igual a um coelhinho até a marca de chegada, o representante da equipe que chegar primeiro, vencerá.

E MAIS: Coelhinho sai da toca...


COLOCAR O TEMA: Como vivencio a ressurreição de Jesus e a coloco em minha família nos dia atuais?
A alegria está no coração de quem conhece a Jesus. Como você pode tê - LO em seu coração?

De que forma você pode agradecer a Jesus a demonstração de amor que Ele no deu?

O que é páscoa em sua concepção? Como viver a páscoa de Cristo em meio a um consumismo desmedido?

Você acredita que para muitos páscoa é apenas comércio de ovos, etc.?


ILUSTRAR:  Vinte anos se passaram... Estou velho e cansado. Sinto que logo não estarei no meio de vós, por isso quero contar como me tornei o coelho da Páscoa.
     O sol timidamente surgia por entre as colinas do horto que ficava logo depois do Gólgota. O céu se tingia de vermelho púrpuro, num matiz que é difícil descrever. Toda natureza começara a despertar. Coloquei a cabeça fora da minha toca, espreitando se o caminho estava livre para mais um dia de legumes frescos e capim verdinho. Aqui, normalmente, era um lugar calmo, quase não víamos humanos por perto. Poucas vezes o dono do local, um homem chamado José de Arimatéia, vinha ver como estava sua propriedade.
     Todavia, nos últimos três dias houve uma grande movimentação no local; pessoas entrando e saindo, mulheres chorando. O corpo de um homem foi trazido para ser enterrado no sepulcro cavado em uma rocha. Nesse dia, quando José de Arimatéia chegou em companhia de seu amigo Nicodemos, trouxeram o corpo e levaram para dentro do sepulcro. Fui, sem me deixar perceber, até a entrada da gruta. Lá pude ver que se tratava de um homem forte, com estatura alta, cabelos longos. Porém o que mais me impressionou foi seu rosto. Ele tinha uma expressão de amor que nunca antes havia visto, nem mesmo quando me apaixonei pela coelhinha que passou por aqui. José de Arimatéia e Nicodemos o envolveram num lençol de puro linho e limparam seus ferimentos com ungüentos, depois fizeram uma oração e, com a ajuda de outros homens que esperavam do lado de fora, fecharam a entrada do sepulcro com uma enorme pedra. Todos foram embora... Olhei para o céu... Ele parecia cinzento. As árvores estavam paradas. Os pássaros emudeceram. Senti um frio e voltei para minha toca.
     Dois dias se passaram... Ao terceiro dia, um domingo radiante, como anteriormente estava descrevendo, saí saltitante... Cabeça baixa fui me deliciando com o capim fresquinho, que naquela manhã parecia especialmente mais verde. De repente me vi diante do sepulcro. Para meu espanto, a enorme pedra que fechava a entrada, estava fora do lugar. Que estranho, pois não vi nenhuma movimentação no sítio. Ninguém havia estado lá durante a noite e nem muito menos naquela manhã. Resolvi dar uma espiadela. Queria ver de novo aquele rosto que transmitia tanto amor.
     Fui entrando bem devagar... Meio sorrateiro, afinal, naquele escuro minha cor era um ponto negativo para me descobrirem. Quando cheguei ao centro, onde ficava a pedra sobre a qual haviam colocado o corpo, quase morri de susto. Aquele homem do amor não estava mais lá. Senti um nó na garganta. Quem teria levado ele? Mas como, se nada vi? Nenhum barulhinho? E tenho sono leve...
     Tratei de sair rápido dali... Estava ofegante ao chegar ao solar da gruta. O sol atingiu em cheio meus olhos. Parei um instante para me refazer do choque. Saí procurando alguma pegada ou algo que denunciasse a presença de alguém. Nada. Ao aproximar-me de uma árvore, acho que era uma oliveira, pois com o passar dos anos os detalhes vão sumindo de nossa memória, vi uma intensa luz. Assustado, já tentava fugir quando ouvi uma voz... Uma voz, como posso descrever?... Forte, mas ao mesmo tempo doce. De uma ternura que nunca antes havia chegado aos meus ouvidos.
     - Ei, coelhinho, venha cá! Aproxime-se, não tenha medo.
     Medo, eu? Como poderia ter medo de uma voz daquelas? Mesmo assim, levantei minhas orelhas em estado de alerta. Fui me aproximando pulo ante pulo. Uau! Meus olhos não estavam vendo aquilo. Não! Não era possível. Pensei ter comido algum capim envenenado. Estava delirando, logo iria agonizar. Esfreguei minhas patas contra meu rosto, na esperança de ser apenas uma miragem provocada pelo sol forte. Tudo em vão! Era ele! O homem do amor. Mas como? Eu o tinha visto ser sepultado há dois dias! Não era possível.
- Venha, coelhinho, chegue mais perto, não precisa ficar assustado. Você dentre todas as criaturas de meu Pai, é o primeiro a estar comigo depois que se cumpriu a promessa de que eu ressuscitaria ao terceiro dia. Não posso ainda lhe tocar, porque estou em meu corpo Glorioso, mas quero que leves uma mensagem.
     Dei um pulo meio desequilibrado em sua direção, minhas patas tremiam tanto, que quase não conseguia ficar parado. O homem do amor possuía um magnestismo tão forte, que não conseguia nem desviar meu olhar. Uma paz enorme foi tomando conta de mim. É como se de repente eu me encontrasse numa imensa plantação de cenouras. Fui me chegando. Minhas orelhas nunca ficaram tão grandes.
- Coelhinho, hoje é Domingo de Páscoa. Festa em que os judeus comemoram a saída do Egito para a liberdade na Terra Prometida por meu Pai. Eu nasci para selar essa “passagem” do sofrimento de seu povo para uma vida na glória do Seu Amor. Coelhinho, eu sou o Cordeiro de Deus, que foi dado em sacrifício para a liberdade de todos os homens. A minha ressurreição é para mostrar que todos podem renascer, pelo amor de meu Pai, para uma nova vida. Doravante, tu vais te tornar símbolo dessa festa e no mundo inteiro serás aclamado como o coelho da Páscoa.
     Estava petrificado. Eu, um simples coelho, fora escolhido para uma missão tão importante. E logo por quem, pelo homem do amor, que nada mais é do que o filho do Criador. Puxa! Era demais. Não me contive e dei dois pulinhos de alegria. Ele sorriu... Tinha uma bondade tão grande naquele sorriso que toda natureza sorriu com Ele. Naquele instante ouvi passos. Por entre as árvores surgiu um vulto de mulher. Ela foi em direção ao sepulcro. Ao ver que este se encontrava vazio, começou a chorar e falou:
- O corpo do Mestre foi roubado. Levaram o corpo de Jesus.
     Ah! Agora eu sabia o nome do homem do amor. Ele se chamava Jesus. Olhei uma vez para aquele Ser de Luz. Quanto orgulho senti em ser seu amigo. A mulher virou-se em nossa direção, o meu amigo Jesus foi ao seu encontro. Voltei para minha toca, ia flutuando. Não cabia em mim de tanta alegria. E assim, termino de lhes contar a verdadeira história de como um simples coelho, se tornou o COELHO DA PÁSCOA!
FONTE: RECANTO DAS LETRAS

A PALAVRA DE DEUS:) (Atos dos Apóstolos 3: 5 ) (Filipenses 3:10) (Jo 20, 1-9) (João 11:25,26)
CATECISMO: 639. O mistério da ressurreição de Cristo é um acontecimento real, com manifestações historicamente verificadas, como atesta o Novo Testamento. Já São Paulo, por volta do ano 56, pôde escrever aos Coríntios: «Transmiti-vos, em primeiro lugar, o mesmo que havia recebido: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras: a seguir, apareceu a Pedro, depois aos Doze» (1 Cor 15, 3-4). O Apóstolo fala aqui da tradição viva da ressurreição, de que tinha tomado conhecimento após a sua conversão, às portas de Damasco (543).

REFLETIR: Somos de uma maneira muito especial, convidados a experimentar a verdadeira páscoa, a do Senhor, que nos traz a luz para a nossa salvação, a que nos liberta da escravidão do pecado: O CRISTO vivo, ressuscitado, que é o corpo da nossa igreja, o fundamento da nossa fé, a liturgia viva, que nos remete a Cristo que venceu a morte ressurgindo entre os mortos.

Anunciar a Ressurreição de Jesus, é dar testemunho de fé, no serviço ao outro, como fez Jesus na última ceia, lavando os pés dos Apóstolos, numa atitude de humildade e de serviço.

O próprio Jesus afirma para nós que “Ele é a ressurreição, quem crer Nele jamais morrerá” conforme o evangelho de João. Sim, a nossa esperança de vida eterna está centrada na pessoa de Jesus, em Seu amor transcendental pela humanidade.


ANIMAR: Pode - se repetir o cântico ou outro alusivo ao assunto...


CELEBRAR A FÉ E A VIDA:


AGIR: Proponha aos catequizandos viverem a experiência de Cristo ressuscitado em família, falando da verdadeira páscoa e seu sentido em nossas vidas.

Sugira a leitura de trechos bíblicos que narrem a páscoa como a ressurreição.


CONCLUIR: Por conta do catequista...

quarta-feira, 4 de abril de 2018

ENCONTRO PARA CRISMA E PERSEVERANÇA. TEMA: RESSURREIÇÃO DE CRISTO



TEMA:   O MUNDO RESSURGIU DA ESCURIDÃO

OBJETIVOS: Perceber que Cristo ressuscitado é a nossa salvação confirmada;
Tomar conhecimento que Jesus  ressuscitado dos mortos é o fundamento da nossa fé, a consumação da liturgia da igreja.

AMBIENTAR: Prepare um ambiente com altar, coloque toalhas brancas, velas, dê preferência às flores naturais, não dispense a cruz coloque primeiro coberta e depois demonstre Jesus ressuscitado e use - a também no MOTIVAR!

ACOLHER: É tempo de nos alegrarmos, por isso acolha – os em Cristo com estrema alegria

ANIMAR: O Senhor ressurgiu aleluia, aleluia! É o Cordeiro Pascal, aleluia, aleluia! Imolado por nós, aleluia, aleluia! É o Cristo, o Senhor, ele vive e venceu aleluia!

CELABRAR A FÉ E A VIDAPrece a Cristo Ressuscitado
Jesus Cristo Ressuscitado,
que rompes as cadeias da morte e
estás acima das categorias de tempo e espaço, 
ensina-nos que morrer não é o fim, 
mas passagem para a vida eterna.
Aumenta nossa fé, fortalece nossa esperança
e incentiva-nos à prática da caridade. 
Tu, que aos apóstolos reunidos no cenáculo ofereces 
o dom da paz, vem visitar nossos lares, afasta de nós 
todo tipo de vícios, falta de respeito e violência, 
e ajuda-nos a manter um clima 
de compreensão e diálogo renovador. 
Abençoa, Senhor Jesus, as famílias do mundo inteiro.
Cuida de nossas crianças e jovens, move os governantes
a defender os interesses do povo, criando mais emprego
e melhores condições de saúde e segurança. 

Que todos nós, seguidores de Jesus Ressuscitado,
possamos unir nossas forças e inteligência
para a construção de uma sociedade fraterna,
em que todos vivam como irmãos e amigos.

Acolhe nossa prece, ó Cristo Ressuscitado,
tu que vives com o Pai na unidade do Espírito Santo. 
Amém.
Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp
catequesefloripa.org.br/prece-a-cristo-ressuscitado/

MOTIVAR:  A Cruz  Material: cruz, vela grande, toalha ou TNT na cor vermelha, aparelho de som, CD com músicas suaves, gravuras diversas sobre situações em que a vida está ameaçada, tiras de TNT branco.
1- Preparar o ambiente fazendo um semicírculo com cadeiras colocando gravuras em seus assentos.
2- Colocar uma mesa na frente, cobri-la com a toalha vermelha.  Em cima dela vai o crucifixo e a vela grande acesa.
3- Deixar tocar baixinho um CD com músicas suaves.
4- Convidar os catequizandos para entrar em silêncio, pegar a gravura na cadeira e sentar.
5- Olhar atentamente a gravura para perceber a realidade que ela trás.
6- Convidar para que espontaneamente, mostrem a figura e digam do que se trata, apontando a existência destas situações dentro da comunidade.
7- Depois que todos falarem, dividi-los em quatro grupos. O grupo vai descobrir qual seria a atitude de Jesus diante destas situações e apresentá-las ao grande grupo. Ao apresentar, colocar as figuras diante da cruz, na mesa.
8- Ler João 3, 13-17e responder as seguintes questões:
-Que sentimentos Deus tem por nós?
-A Quem Deus oferece para que todos tenham muita vida? O que você conhece dele?
-Jesus se oferece ao Pai em nome da humanidade. Como isto acontece?
9- Pegar a cruz e pedir que cada catequizando a segure, falando que sentimento tem em sua vida olhando para Jesus que se doa totalmente. Ex.: Sentimento de gratidão, pois pela cruz, seu amor nos abraça.
10- Entregar uma tira de TNT branco, e pedir que escrevam um agradecimento a Jesus. E esta tira, será colocada na cruz.
11- Convidar a todos para ficarem de pé ao redor da mesa. Introduzi-los na oração:
-Pedir para ficarem em silêncio se preparando para a oração.
-Fazer o sinal da cruz devagar.
-Cada um reza o agradecimento que fez e todos repetem a oração: Obrigado, Senhor, que por amor morrestes e ressuscitastes, trazendo-nos a salvação.
-Encerrar a oração com um canto apropriado.
12- Propor para que pratiquem durante a semana uma atitude de Jesus mencionada no encontro.

COLOCAR O TEMA: Qual a maior demonstração de amor Jesus nos deu?
Como melhor celebrar o Cristo ressuscitado?
Qual  a manifestação devemos compartilhar diante da grandeza de Deus?
Como Jesus se faz igreja viva em nós?

ILUSTRAR: O  PINTASSILGO   E   AS   RÃS (Rubem Alves)
Num lugar muito longe daqui, havia um poço fundo, abandonado e escuro que alguém cavara, muitos e muitos anos atrás, não se sabe bem para quê. Lá dentro se alojou um bando de rãs. As primeiras a entrar pensaram que aquele lugar era um local bom de se viver, protegido, úmido, gostoso. De um pulo caíram lá dentro. Só que não perceberam que pular no buraco é fácil. O difícil é pular para fora dele. O poço era fundo demais e elas nunca mais puderam sair. Ficaram vivendo lá dentro. Casaram-se; tiveram filhos, multiplicaram-se. As mais velhas ainda se lembravam da beleza do mundo de fora e morriam de saudades. Contavam estórias para seus filhos e netos.
- Quando eu era jovem, e ainda não tinha caído neste buraco.. Era assim que sempre começavam.  A princípio, a meninada parava para ouvir e gostava. “Estórias da carochinha”, eles diziam. O fato é que nunca haviam estado do lado de fora, e pensavam que as tais estórias não passavam de invenções de seus avós já caducos. O tempo passou, os velhos morreram, e até mesmo as estórias foram esquecidas. As novas gerações foram educadas segundo novos princípios pedagógicos, currículos adequados à realidade, o que importa é passar no vestibular, e acabaram por acreditar que o seu buraco era tudo o que existe no universo. Isto era científico, resultado da rigorosa análise material do seu mundo. O real era um cilindro oco e profundo, onde a água, a terra e o ar se combinavam para formar tudo o que existia. As rãzinhas aprendiam que o seu era o melhor dos mundos e, na escola, aprendiam a recitar “Rãzinha, não verás buraco algum como este                                                                             
 Ama, com orgulho o buraco em que nascestes...”                                                                            
A vida, lá dentro, era como a vida em todo lugar. Havia as rãs fortes e truculentas. Elas mandavam nas outras que eram fracas e tinham de obedecer e trabalhar dobrado. Os insetos mais gostosos iam sempre para as mais fortes. As rãs oprimidas achavam, com toda a razão, que isto era uma injustiça. E, por isso mesmo, preparavam-se para uma grande revolução que poria fim a esse estado de coisas. Quando a classe dominante fosse derrubada, a vida no fundo do poço ficaria democrática e os insetos seriam distribuídos com justiça... 
Se o buraco não era tão bom quanto cantava a poesia (assim diziam os ideólogos da revolução), era porque ele estava dominado pelas rãs fortes... 
Aconteceu, entretanto, que um pintassilgo que voava por ali viu a boca do poço. Ficou curioso e resolveu investigar. Baixou o vôo e entrou nas profundezas. Qual não foi a sua surpresa ao descobrir as rãs! Mas mais perplexas ficaram elas ante a presença daquela estranha criatura. A simples presença do pintassilgo punha em questão todas as teorias sobre o mundo, pois que dele não havia registro algum em seus arquivos históricos. O pintassilgo morreu de dó ao ver as pobres rãs, prisioneiras daquele buraco fétido e escuro, sem nada saber do lindo mundo que havia fora do poço. Como é que elas podiam viver ali dentro, sem nunca pensar em sair? Claro que para se planejar sair é preciso acreditar que existe um “lá fora”. Mas as rãs sabiam que um  “lá fora” não existia, pois os limites do seu buraco eram os limites do universo. 
O pintassilgo resolveu contar-lhes como era o mundo de fora. E se pôs a cantar furiosamente. Queria ajudar as pobres rãs... Trinou flores, campos verdes, riachos cristalinos, lagoas, insetos de todos os tipos, sapos de outras raças e outros coaxares, bichos os mais variados, o sol, a lua, as estrelas, as nuvens.
As rãs ficaram em polvorosa e logo se dividiram. Algumas acreditaram e começaram a imaginar como seria lá fora. Ficaram mais alegres e até mesmo mais bonitas. Coaxaram canções novas. E começaram a fazer planos para a fuga do poço. Desinteressaram-se das esperanças políticas antigas.
- Não, não queremos democratizar o fundo do poço. Queremos é sair dele... Preferimos ser gente simples lá fora, onde tudo é bonito, a ser elite dominando aqui dentro, onde tudo é escuro e fedido...
As outras fecharam a cara e coaxaram mais grosso ainda. Não acreditavam... 
O pintassilgo resolveu, então, trazer provas do que dizia. Chamou abelhas, com mel. Convidou borboletas coloridas. Trouxe flores perfumadas... Mas tudo foi inútil para os que não queriam acreditar. 
- Este bicho é um grande enganador, eles diziam. Sabemos que estas coisas não existem. Aprendemos em nossas escolas...
O rei reuniu seus generais e ponderou que as idéias do pintassilgo eram politicamente perigosas. As rãs estavam perdendo o interesse pelo trabalho. Produziam menos. Com isto havia menos recursos para as despesas do Estado, especialmente uma ferrovia que se pretendia construir, ligando um lado do poço ao outro. Trabalhavam menos, coaxavam mais. Claro que as palavras do pintassilgo só podiam ser mentiras deslavadas, intrigas de oposição...
Os revolucionários, igualmente, puseram o pintassilgo de quarentena, pois o seu canto enfraquecia politicamente as rãs dominadas, que agora estavam mais interessadas em sair que em revolucionar o poço.
As rãs intelectuais, por sua vez, se puseram a fazer a análise filosófica, ideológica e psicanalítica da fala do pintassilgo. O seu relatório foi longo. Nele concluíram que:
-de um ponto de vista filosófico, faltava rigor ao discurso do pássaro, pois ele mais se aproximava da poesia que da ciência;
-de um ponto de vista ideológico, tratava-se de um discurso alienado, no qual não se fazia nem mesmo uma análise crítica das condições objetivas da sociedade ranal;
-de um ponto de vista psicanalítico, era óbvio que o pintassilgo sofria de perigosas alucinações que, dado o seu conteúdo, poderiam se transformar num fenômeno de massas. 
Observaram, finalmente, que dadas as evidências, o pintassilgo se constituía num grave perigo tanto para a cultura como para as instituições do mundo das rãs. E com isto pediam das pessoas de boa vontade e responsabilidade as providências devidas para erradicar o mal. 
O manifesto das rãs foi acolhido unanimemente tanto pelos líderes da direita como pelos líderes da esquerda pois, para além de suas discordâncias conjunturais, estava seu compromisso comum com o bem-estar e a tranquilidade da família ranal. 
Por ocasião da próxima visita do pintassilgo, ele foi preso, acusado de enganador do povo, morto, empalhado e exposto no Museu de História.
Quanto às rãs, foram para sempre proibidas de coaxar as canções que o pintassilgo lhes ensinara.
Um aluninho-rã, que visitava o museu, perguntou à sua professora:
            - Que é aquilo, professora?
            - É um pintassilgo, ela respondeu.
            - E que coisas estranhas são aquelas nas suas costas?, ele perguntou.
            - São asas...
            - E para que servem?. ele insistiu.
            - Para voar...
            - E nós voamos?
            - Não, respondeu a professora. Nós não voamos. Nós pulamos...
            - E não seria melhor voar?
            A professora compreendeu então, com um discreto sorriso, que um pintassilgo, mesmo empalhado, nunca seria esquecido.
(R. Alves. Estórias de Bichos. São Paulo, Loyola, 1989, pp.28-32


A PALAVRA DE DEUS:  (Jo 20, 1-9) (Mateus 28:6-7) (João 5:28-29) ((Jo 13,1).)
640. «Por que motivo procurais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui, ressuscitou» (Lc 24, 5-6). No quadro dos acontecimentos da Páscoa, o primeiro elemento que se nos oferece é o sepulcro vazio. Isso não é, em si, uma prova directa. A ausência do corpo de Cristo do sepulcro poderia explicar-se doutro modo (544). Apesar disso, o sepulcro vazio constitui, para todos, um sinal essencial. A descoberta do facto pelos discípulos foi o primeiro passo para o reconhecimento do facto da ressurreição. Foi, primeiro, o caso das santas mulheres (545), depois o de Pedro (546). «O discípulo que Jesus amava» (Jo 20, 2) afirma que, ao entrar no sepulcro vazio e ao descobrir «os lençóis no chão» (Jo 20, 6), «viu e acreditou» (547); o que supõe que ele terá verificado, pelo estado em que ficou o sepulcro vazio "', que a ausência do corpo de Jesus não podia ter sido obra humana e que Jesus não tinha simplesmente regressado a uma vida terrena, como fora o caso de Lázaro (549).
639. O mistério da ressurreição de Cristo é um acontecimento real, com manifestações historicamente verificadas, como atesta o Novo Testamento. Já São Paulo, por volta do ano 56, pôde escrever aos Coríntios: «Transmiti-vos, em primeiro lugar, o mesmo que havia recebido: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras: a seguir, apareceu a Pedro, depois aos Doze» (1 Cor 15, 3-4). O Apóstolo fala aqui da tradição viva da ressurreição, de que tinha tomado conhecimento após a sua conversão, às portas de Damasco (543).

REFLETIR: Conforme o Catecismo. “São Paulo, por volta do ano 56, pôde escrever aos Coríntios: «Transmiti-vos, em primeiro lugar, o mesmo que havia recebido: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras ...” de fato, Cristo ressurgiu dos mortos, para que nós possamos ser libertos do pecado que nos afasta de Deus, que nos oprimia, pois Cristo aceitou o maior dos sacrifícios pelos Seus para que tenhamos vida e vida em abundância.
A Ressurreição é o tempo litúrgico mais forte de todo o ano. Inicia - se na Vigília Pascal e é celebrado até o dia de Pentecostes. É a Ressurreição de Cristo, do Senhor, que passou da morte à vida, em sua existência gloriosa. É a igreja viva que celebra com alegria a vitória de Cristo, que também é nossa.
Cristo ressuscitado dos mortos é o fundamento da nossa fé, é o nascer da liturgia da igreja, é a vida que brota da Eucaristia, que é a verdadeira alegria, pois Jesus é o princípio e o fim de tudo, devemos pois anuncia – Lo aos que ainda não O conhecem de fato.
A denominação da palavra páscoa vem de passagem. Em Deus, o povo, Seu povo, saiu da escravidão do Egito para a liberdade, passando pelo mar Vermelho e foram salvos do domínio egípcio e Jesus celebra Sua páscoa ressurgindo da morte para a vida nova e como afirma em Seu evangelho: “ “Saí do Pai e vim ao mundo; agora deixo o mundo e volto ao Pai!” (Jo 16,28).
Esta é uma passagem de entrega total, é um ato de amor imensurável, o maior testemunho de amor e somos todos chamados a testemunhar nosso amor ao Pai, pois Jesus nos pede que façamos a vontade de Seu Pai...

ANIMAR: Um cântico que fale da ressurreição...

CELEBRAR A FÉ E A VIDA: O louvor do povo liberto (Salmo 136)
Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua misericórdia dura para sempre.
Louvai ao Deus dos deuses; porque a sua misericórdia dura para sempre.
Louvai ao Senhor dos senhores; porque a sua misericórdia dura para sempre.
Aquele que só faz maravilhas; porque a sua misericórdia dura para sempre.
Aquele que por entendimento fez os céus; porque a sua misericórdia dura para sempre.
Aquele que estendeu a terra sobre as águas; porque a sua misericórdia dura para sempre

AGIR: Procure estimular o catequizando a vivenciar a experiência do MOTIVAR em família...

CONCLUIR: Por conta do catequista



NONO ENCONTRO
TEMA: A PAZ ESTEJA CONTIGO!

OBJETIVOS:  Perceber a necessidade de uma cultura de paz entre os homens;
Cultivar uma cultura de paz entre os povos.


AMBIENTAR: Preparar um ambiente característico ao tema. Que demonstre paz, mas pode também criar outra situação, a de violência, um espaço com imagens de agressividade, um caminho alusivo, com pedregulhos...

ACOLHER: Uma acolhida alegre, dizendo: a paz do Senhor esteja contigo...

ANIMAR: Quero te dar a paz...

CELEBRAR A FÉ E A VIDA:
“Agora, Senhor, ajudai-nos Vós! Dai-nos Vós a paz, ensinai-nos Vós a paz, guiai-nos Vós para a paz. Abri os nossos olhos e os nossos corações e dai-nos a coragem de dizer: “nunca mais a guerra”; com a guerra, tudo fica destruído!
Infundi em nós a coragem de realizar gestos concretos para construir a paz.
Senhor, Deus de Abraão e dos Profetas, Deus Amor que nos criastes e chamais a viver como irmãos, dai-nos a força para sermos cada dia artesãos da paz; dai-nos a capacidade de olhar com benevolência todos os irmãos que encontramos no nosso caminho”. ORAÇÃOP DO PAPA FRANCISCO

MOTIVAR:  Avião da PAZ –  
Os catequizandos fazem a dobradura do avião, escrevem mensagens de PAZ e em uma área livre (quadra, pátio, praça), com o catequista, jogam os aviões ao ar livre, depois cada um pega o avião que cair próximo de si e confere a mensagem e quem a escreveu. 
(Lançados ao ar, os aviões irão se misturar e assim farão a troca de mensagem)
Após cada um pegar a sua mensagem, poderão finalizar com o abraço da PAZ.
FONTE: Blog:Catequese com Crianças.

COLOCAR O TEMA: Como podemos promover uma cultura de paz em nosso meio?
O que Deus espera de pessoas sabias em relação ao mundo materialista em que estamos?
O que de fato provoca a violência que tem assolado a sociedade?
Qual o papel da família em relação a esse assunto? Como deve ser seu comportamento?
O que Jesus quis dizer com: A paz do Senhor esteja com vocês?

ILUSTRAR: As Quatro velas
Quatro velas estavam queimando calmamente. O ambiente estava tão silencioso que se podia se imaginar o que diziam:
A primeira disse:
- Eu sou a Paz! Apesar da minha luz, as pessoas não conseguem me manter, acho que vou apagar. E, diminuindo devagarzinho a sua chama, apagou totalmente.
A Segunda vela disse:
- Eu me chamo Fé! Infelizmente sou muito supérflua. As pessoas não querem saber de Deus. Não faz sentido continuar queimando.
Ao terminar de falar, um vento bateu sobre ela levemente e a apagou.
Baixinho e triste a terceira vela também quis falar:
- Eu sou o Amor! Não tenho mais forças para queimar. As pessoas me deixam de lado, só conseguem enxergar a si mesmas, esquecem-se até mesmo daqueles que estão à sua volta e que os amam. E, sem esperar, se apagou.
De repente, entrou uma criança, olhou as três velas apagadas e falou, espontaneamente:
- O que é isso? Vocês devem ficar acesas e queimar até o fim!
Foi daí que a quarta vela, que havia permanecido acesa, sem nada dizer, falou:
- Não tenha medo, criança. Nem se preocupe. Enquanto a minha chama estiver acesa, podemos acender as outras velas.
A criança, então, apanhou a vela da Esperança e acendeu novamente as velas da Paz, da Fé e do Amor.
LIÇÃO DE VIDA:
O começo de tudo é acreditar.
Por isso, jamais deixe a chama da Esperança se apagar!!!

A PALAVRA DE DEUS: (Jo 20,19- 23) (João 16:33) (Filipenses 4:6-7)
CATECISMO: §2304 O respeito e o desenvolvimento da vida humana exigem a paz. A paz não é somente ausência de guerra e não se limita a garantir o equilíbrio das forças adversas. A paz não pode ser obtida na terra sem a salvaguarda dos bens das pessoas, sem a livre comunicação entre os seres humanos, o respeito pela dignidade das pessoas e dos povos, a prática assídua da fraternidade. E a "tranqüilidade da ordem", "obra da justiça" (Is 32,17) e efeito da caridade.
P.27.1 Ameaças à paz
§1938 Existem também desigualdades iníquas que atingem milhões de homens e mulheres e se acham em contradição aberta com o Evangelho:
A igual dignidade das pessoas postula que se chegue a condições de vida mais justas e mais humanas. Pois as excessivas desigualdades econômicas e sociais entre os membros e povos da única família humana provocam escândalo e são contrárias à justiça social, à eqüidade, à dignidade da pessoa humana e à paz social e internacional.

REFLETIR: Atentemos – nos para as palavras do evangelho de João, quando Jesus diz que viveremos em um mundo de tribulações, porém Nele, encontraremos a paz, da mesma forma quando Ele fala aos Seus discípulos “ chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco” e assoprou lhes o Espírito Santo e os exultou a perdoarem os pecados. Conosco Jesus não faz diferente, pede que perdoemos o nosso irmão, que levemos a paz, semeemos a concórdia, o respeito à dignidade, a pratica da fraternidade conforme nos relata o Catecismo da Igreja.
Para cultivar a paz é preciso mais igualdade entre os homens, mais justiça social, respeito aos direitos humanos, e acima de tudo viver a experiência da vida em Cristo, irmanados na mesma fé, no mesmo Deus.
É no seio da família que está o primeiro caminho para uma vivência feliz, baseada numa relação de respeito, diálogo e compreensão. Para tanto, é preciso que as bases dessa célula máter sejam firmes, construídas no alicerce do amor, pois quando há essa solidez na família, a sociedade se edifica pautada na paz , haja vista estrutura familiar impede disseminação da violência. Entende – se que consequentemente a estrutura familiar leva os à igreja e escola, de modo a preparar de uma forma especial os jovens para um mundo livre das drogas, da vaidade supérflua e da ostentação frenética, desvairada, consumista.
Para evitarmos um mundo desumano aceitemos a paz que nosso Senhor Jesus Cristo nos dá de graça, aceitemos para nossa gloria no Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito.  

ANIMAR: Pode  - se cantar outro cântico de paz...

CELEBRAR A FÉ E A VIDA: ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO:                  
Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a vida eterna. Amém.

AGIR: CATEQUISTA, NESTE MOMENTO PROPONHA A ENCENAÇÃO DO TEATRO PARA PREPARAREM NO DECORRER DA SEMANA E COMBINEM A APRESENTAÇÃO. USE O CONCLUIR TAMBÉM PARA ESTA ATIVIDADE...


CONCLUIR: